quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dívida dos Hospitais


Dívidas

Saúde já começou a pagar a fornecedores



Parte dos 1.500 milhões já foi desbloqueada para pagar dívidas dos hospitais.
Uma parte dos 1.500 milhões de euros provenientes dos fundos de pensões da banca para pagar as dívidas dos hospitais já começou a chegar aos fornecedores, revelou ao Diário Económico, Alexandre Lourenço, vogal da ACSS. Contudo, a maioria do dinheiro só será desbloqueado em Junho.
A ‘troika' já tinha dado luz verde em Fevereiro para que o Governo usasse este montante para pagar dívidas da Saúde, mas faltava a publicação do Orçamento Rectificativo - que aconteceu na semana passada - para que o dinheiro começasse a ser pago aos fornecedores.
Mas recorde-se que a ‘troika' só autorizou a utilização de 1.500 milhões de euros sob a condição de que as dívidas não voltassem a avolumar-se. Contudo, o presidente da ACSS, Carvalho das Neves, já assumiu que em Janeiro e Fevereiro houve um acréscimo de dívida, o que não agradou aos peritos internacionais que prometeram voltar a olhar para os números na quarta avaliação da ‘troika', que começou ontem. [CORTE_EDIMPRESSA]

Com os prejuízos dos hospitais a agravarem-se - em Março somavam 95 milhões de euros - o pagamento de parte da dívida poderá dar um novo balão de oxigénio aos hospitais: ao diminuírem os pagamentos em atraso, os hospitais ganham margem negocial junto dos fornecedores para comprarem medicamentos e material clínico com descontos mais significativos. E o risco de uma suspensão de fornecimentos, como já aconteceu com a farmacêutica Roche, dissipa-se.
O recente acordo assinado entre a Apifarma e o Governo prevê que 60% da dívida à indústria seja paga até ao final do ano. Em troca a indústria compromete-se com uma poupança com medicamentos de 300 milhões de euros. Informação Económico